domingo, 31 de maio de 2009

Um Sonho de Liberdade

Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption)
Ano: 1994
Gênero: Drama
Atores: Tim Robbins, Morgan Freeman
Diretor: Frank Darabont

Certamente é o melhor filme que já assisti em toda a minha vida. E olha que é difícil dizer isso hein. Sem exageros, é um clássico do cinema, um filme que jamais será esquecido, mesmo que tenha sido, na minha opinião, a maior injustiça que o OSCAR já cometeu. Foram sete indicações ao prêmio mais cobiçado do cinema mundial, e não ganhou um... Uma grande injustiça!!! Enfim, em se tratando de OSCAR tudo é possível.
Injustiças à parte, “Um Sonho de Liberdade” é uma fascinante história de amizade e esperança, baseado no livro de Stephen King e perfeitamente adaptado pelo excelente diretor Frank Darabont (A Espera de um Milagre e Cine Majestic). As brilhantes atuações de Tim Robbins e Morgan Freeman, em papéis dignos de Oscar, tornam ainda mais real e emocionante o desfecho de um enredo cheio de surpresas.
A história gira em torno da prisão de um banqueiro, Andy (Tim Robbins), acusado de assassinar sua esposa e o amante dela. Condenado a prisão perpétua, Andy passa a viver num mundo totalmente diferente do seu, tendo a necessidade de se defender e se adaptar a vida numa penitenciária. Mas, no meio desse universo assustador pode existir a verdadeira amizade e isso ele encontra em Red (Morgan Freeman), que também cumpre prisão perpétua, por conta de um crime que já havia se arrependido. Juntos descobrem esse sentimento que os unem e fortalecem. Há passagens tão intensas no filme, que me faltam palavras para descrevê-las a altura, deixo por sua conta isso.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Tal como uma obra de arte, “Um Sonho de Liberdade” é um filme que deve ser analisado em seus mínimos detalhes, há uma beleza que nos arrepia e nos comove. É uma lição de esperança e de vida, de quem nunca desistiu de um sonho mesmo que para muitos fosse uma loucura. Mas, louco mesmo é aquele que não sonha e que não tem fé. Lembre-se, o homem quando deixa de sonhar, deixa de viver. O final é algo tão sublime e emocionante que vou relatar um trecho de uma carta destinada a Red, “...lembre-se Red a esperança é uma coisa boa e nada que é bom pode morrer...”. “Nada que é bom pode morrer...”, isso me faz lembrar das sábias palavras do jornalista Pedro Bial, “viver é um desafio impossível para quem tem medo da luta”, é preciso lutar por aquilo que se acredita e não importa o que digam, pois o sonho é seu e só você pode transformá-lo em realidade.
“Um Sonho de Liberdade” é um exemplo de esperança que deve ser admirado e respeitado. Não existe um sonho impossível. Impossível, é deixar de sonhar. Impossível é uma palavra inventada por aqueles que não lutam por si mesmos. É possível, desde que você tenha o principal alimento do seu sonho, a esperança... E a esperança não é a última a morrer, é a única que jamais morrerá, pois nada que é bom pode morrer!!! Nunca desista de si mesmo!!!
Um abraço!
Rafael L. Prado
Para saber mais:

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Efeito Borboleta

Efeito Borboleta (The Butterfly Effect)
Ano: 2004
Gênero: Drama
Diretor: Eric Bress e J. Mackye Gruber
Atores: Ashton Kutcher, Amy Smart, Eric Stoltz

“Sensacional!”, “Fantástico!”, “Maravilhoso!”, “Perfeito!”, “Ótimo!”, “O Melhor do Ano!”, “Imprevisível!”, são adjetivos de pessoas que viram este filme e são meus também. O filme é, realmente, tudo isso!
Bem, vamos ao filme. Conversando sobre o filme, algumas pessoas me perguntavam o porquê do nome “Efeito Borboleta”, não sou dono da verdade, mas entendi do seguinte jeito: observe a frase que inicia o filme, mais ou menos assim, “uma coisa tão simples como o bater de asas de uma borboleta, pode causar um tufão do outro lado do mundo”, é a teoria do caos, ou seja, como o próprio filme diz “mude uma coisa, que tudo muda...”. Então, “Efeito Borboleta”, são todas aquelas mudanças provocadas por uma simples ação que você realizou ou por algo que você não fez.
O diferencial do filme está em seu começo, propositalmente confuso, e por isso ele te prende, fazendo com que você tente conectar os fatos. Não procure entender de início (é realmente confuso), apenas preste muita atenção nos acontecimentos. O início mostra alguns momentos da infância de Evan (Ashton Kutcher – em sua melhor atuação) com seus amigos, tudo muito bem situado. Lembre-se o diferencial está neste começo, por isso não vou contar mais nada. Já crescido, Evan luta para esquecer alguns fatos de sua infância e descobre um método estranho para voltar ao passado (não vou contar como), ao ver você poderá dizer “mas isso é impossível”, sim, mas não importa, o filme é uma ficção também, portanto não se prenda nisso.
Evan volta ao passado fisicamente como criança e tenta alterar alguns fatos que marcaram, negativamente, sua infância. Porém, na tentativa de consertar o passado, ele modifica todo o futuro, tanto para ele quanto para quem está envolvido na história. Todas as simples mudanças que Evan faz no seu passado, trazem novas conseqüências e novos problemas em sua vida. Infelizmente não posso contar mais nada, senão perde a graça. A imprevisibilidade é a marca do filme, não vou estragar isso.

ALÉM DO QUE SE VÊ: “Mude uma coisa que tudo muda.”. Na verdade, não temos a noção da importância de cada ato nosso. Quando mudamos algo, tudo que está conectado a ele pode se alterar e as conseqüências podem não ser agradáveis. Há uma frase que diz, “se queres saber como será o seu futuro, olhe para o que você faz hoje”. Faz sentido, pois não existe ação ou reação sem uma causa ou consequência. No filme, sem entrar no mérito da ficção, Evan podia mudar o passado, mas não podia controlar o futuro, tudo tem uma causa. É importante fazer essa análise e perguntar para si mesmo, como eu quero que meu futuro seja?
Toda casa precisa de um alicerce e na nossa vida ele será o passado, a estabilidade da casa, do seu futuro, depende dessa base. Portanto, preste atenção nos seus atos e pensamentos diários e lembre-se, tudo o que você faz, acarreta em algo seja de bom ou de ruim. Acarretar algo de bom seja em nós ou em outras pessoas é o nosso papel no mundo. Veja o filme e pense nisso!
Abraços!
Rafael L. Prado
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sexta-feira, 27 de março de 2009

E Se Fosse Verdade

E Se Fosse Verdade (Just Like Heaven)
Ano: 2005
Gênero: Comédia Romântica
Diretor: Mark Waters
Atores: Mark Ruffalo, Reese Whiterpoon

Se você é daqueles que gostam de histórias leves, puras, românticas, engraçadas e com finais felizes, então você certamente irá se encantar por “E Se Fosse Verdade”. De extremo bom gosto e muito agradável, o filme faz com que o nosso astral seja renovado.
Elizabeth (Reese Witherspoon) não é aquele tipo de pessoa que curte os “prazeres” da vida. Jovem e médica muito talentosa dedica-se ao trabalho com extremo prazer, mas esquece de viver sua própria vida. Numa noite ao sair do hospital, sofre um sério acidente, interrompendo sua promissora carreira.
Nesse clima trágico, surge David (Mark Ruffalo), sujeito depressivo e ainda muito abalado pela morte de sua esposa. Ele acaba por ir morar no apartamento que pertencia a Elizabeth, e numa das noites em que estava retirado do mundo, Elizabeth “aparece” em seu apartamento. Claro que o susto é enorme e ela acredita que David é um intruso, mas mal sabia que “o intruso” era ela.
David passa a ver que não se trata de uma ilusão, mas sim de um espírito que não aceitou sua morte. Na tentativa de convencê-la disso, eles se envolvem em situações hilárias e criam uma afinidade ímpar. Elizabeth só era vista por David, e isso era um mistério, por que só ele a avistava? Por que ele foi parar no seu apartamento? São questões interessantes que fazem parte do enredo do filme.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Com uma bela química entre os atores, “E Se Fosse Verdade” é aquela história bonita que a gente gosta de ver para imaginar como o mundo poderia ser, um lugar onde o amor prevaleça em tudo. E por que não é? Está aí uma boa pergunta, pense e responda. Apesar de tratar de temas sérios como comunicabilidade dos espíritos e até eutanásia o filme consegue ser leve e divertido. Particularmente falando, vi três vezes e veria de novo, porque nos faz bem ter em nossa mente imagens boas, e os sentimentos tão valiosos que idealizamos, mesmo que oriundos de um mero filme. E se fosse verdade? E por que não pode ser? Por que? Depende apenas de nós... Quem sabe não possamos um dia viver a nossa própria comédia romântica, porque a vida, sem dúvidas, é maior verdade que podemos ter.

Abraços!
Rafael L. Prado

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tempo de Recomeçar

Tempo de Recomeçar (Life as a House)
Ano: 2001
Gênero: Drama
Diretor: Irwin Winkler
Atores: Kevin Kline, Kristin Scott Thomas, Hayden Christensen, Jena Malone

O título original desta obra poética diz tudo, “Life as a House”, ou seja, “A vida como uma casa”. Certa vez li a seguinte frase: “A vida é um projeto que você mesmo constrói”. Achei-a perfeita, pois sempre acreditei nisso. Algum tempo depois, vi na televisão a propaganda de um filme que comparava a vida com uma casa. Sabe quando você se arrepia todo, pois é, neste instante a propaganda do filme me tocou de tal forma que mesmo antes de vê-lo, já tinha a certeza de que era excelente. Marquei o dia na minha agenda, a minha expectativa era tão grande que contagiei todos na minha casa. Depois de muita expectativa o dia tão esperado chegou. Sentados na sala assistimos ao filme sem dizer uma única palavra. Ao término, não sei se todos choraram, porque não olhei para ninguém, tentando conter as minhas lágrimas. Ficamos sentados, paralisados, até as “letrinhas” acabarem de subir. Dizer o que? O filme já havia dito tudo. Entre nós o sentimento era único, tínhamos a certeza de que assistimos não apenas um filme, mas uma grande lição de moral e de vida.
Dirigido por Irwin Winkler, o mesmo do belíssimo “A Primeira Vista” e com a melhor atuação que já vi do ator Kevin Kline. George Monroe (Kevin Kline) é um arquiteto que durante toda a sua vida sustentava o desejo de construir uma casa, mas o tempo passou, ele envelheceu, separou-se da mulher (Kristin Scott Thomas), deixou de lado seu único filho (Hayden Christensen), um garoto bastante rebelde, e não construiu nada. Morava num barraco e sua vida era horrível. George descobre que tem câncer e não tem muito tempo de vida. Nesse momento ele percebe que toda a sua vida passou e não havia feito nada daquilo que havia sonhado. Então, resolve nos últimos momentos de sua vida construir a casa dos seus sonhos, com isso ele acaba modificando não só a sua vida, mas a de todos com quem ele tem contato. O filme aborda outros temas mais sérios também, com muita sutileza e sem perder o foco principal. Entenda a metáfora e deixe-se envolver pela sensibilidade do filme, pois me arrepio só de falar dele.

ALÉM DO QUE SE VÊ: O filme nos deixa a lição de que podemos construir e viver num barraco ou numa mansão. Depende das nossas escolhas. Quantas vezes arquivamos nossos sonhos e deixamos para depois. Construa a sua casa HOJE! Encontre o seu lar e viva intensamente cada minuto que ele possa te proporcionar, não adie seus sonhos nem espera pelo amanhã, porque o agora pode ser o seu tempo de recomeçar.
Um abraço!
Rafael L. Prado
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um Homem de Família

Um Homem de Familia (The Family Man)
Ano: 2000
Gênero: Drama
Diretor: Brett Ratner
Atores: Nicolas Cage, Tea Leoni, Don Cheadle, Jeremy Piven

Você já parou para pensar, como seria sua vida se tivesse dito sim ao invés de não ou vice-versa? Se tivesse dito algo ao invés de ficar calado ou vice-versa? Se tivesse ficado ao invés de ir embora ou vice-versa? Enfim, o quanto a sua vida seria diferente se tivesse tomado outras decisões.
“Um Homem de Família”, de forma surpreendente, cativante e simples, aborda o tema das escolhas e decisões que fazemos na nossa vida. O filme inicia-se no exato instante em que Jack Campbell (Nicolas Cage) está no aeroporto com sua namorada Kate (Téa Leoni), prestes a viajar por causa de uma ótima oportunidade de estágio. Kate, sentindo que nunca mais o veria, pede para que ele fique e construa uma vida ao seu lado. Mas, não era isso que Jack desejava, ele queria mais, era ambicioso. Ele parte prometendo voltar.
Jack não voltou, os anos passaram e ele se tornou um investidor muito rico. Solteiro, tinha tudo e todas as mulheres que desejava, mas no fundo sentia-se solitário e um imenso vazio dominava sua vida. Não era o que ele demonstrava, mas era o que sentia.
Na noite de Natal, Jack recebe o recado que sua antiga namorada (Kate) havia ligado e precisava falar com ele. Achando que ela queria relembrar o passado e chorar no seu ombro, ele ignora o recado. A caminho de casa (apartamento), envolvesse numa estranha confusão, dentro de uma loja, causada por um “homem” muito misterioso (Don Cheadle).
No dia seguinte, de forma mágica, Jack acorda ao lado de Kate, morando no subúrbio, com dois filhos e uma vida muito tranqüila. Jack está vivendo o outro caminho, aquele que ele não seguiu. Vive como se naquele dia no aeroporto, tivesse optado por ficar.
O final é simplesmente emocionante e nos faz pensar nas nossas escolhas. A resolução do filme é bastante lógica e possível, pois não se trata de ficção, nem de fantasia. É um drama que merece ser visto. Observe um detalhe interessante, a capa do filme mostra Jack olhando ele e sua família na vitrine de uma loja. O curioso é que essa imagem é a exata mensagem que o filme passa.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Não há como dizer, se Jack errou ao entrar no avião. Foi sua escolha, sua opção naquele momento. Mas, o que ele percebeu é que o dinheiro e o poder não valem mais do que uma família e um verdadeiro amor. Talvez, (sempre o talvez!) o erro de Jack foi não ter voltado como prometera, resultado de uma outra escolha que fez.
As escolhas são nossas, somente nossas. Somos “livres”, mas de certa forma “pagamos” por essa liberdade. É a Lei de Deus, a justiça divina, que atua sobre todos os homens. Poderemos viver as conseqüências das escolhas agora ou depois. Quanto a isso não temos opções.
Há sempre sacrifícios, não podemos negar. Às vezes teremos de deixar um sonho de lado para poder viver outro, pois nem sempre poderemos fazer tudo. Mas, o que realmente importa, é escolher o caminho mais correto e que nos fará, verdadeiramente, felizes.
A todo instante precisamos escolher, portanto lembre-se que vencer é difícil, pois o caminho é árduo e estreito, mas perder é fácil, basta seguir o caminho que está feito. A felicidade é algo possível e real, para quem sabe escolher.
A via da Vida é de mão dupla, tudo o que vai pode voltar. Sempre há tempo de retornar e escolher outro caminho. Nada é definitivo e impossível, pois a vida é um projeto que você mesmo constrói. É uma questão de escolha. Mas, não se esqueça, as escolhas são nossas, sempre nossas!

Um abraço!
Rafael L. Prado

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Antes Que Termine o Dia

Antes Que Termine o Dia (If Only)
Ano: 2004
Gênero: Romance
Diretor: Gil Junger
Atores: Jennifer Love Hewitt, Paul Nicholls, Tom Wilkinson

Sou suspeito pra falar sobre esse filme, pois ele aborda o meu tema predileto: as escolhas que fazemos na vida. Em “Antes Que Termine o Dia”, este tema é abordado de uma forma diferente e muito mais sentimental (preparem os lenços). Ian (Paul Nicholls) e Samantha (Jennifer Love Hewitt) formam um casal feliz e com muitos planos. Embora exista um amor muito forte entre os dois, a forma de cada um externar este sentimento é diferente. Enquanto Samantha busca demonstrar seu amor e seus sonhos a todo momento, Ian concentra sua atenção apenas na sua promissora carreira e em seus amigos.
Num dia, aparentemente normal, tudo ocorre de forma estranha e desastrosa, especialmente para Ian, que por causa de suas atitudes insensíveis causa uma grande decepção em Samantha e, na noite deste dia, terminam o namoro. Ian não consegue demonstrar o que realmente sente e isso magoou muito Samantha. Mas, um acontecimento no final desse dia faz com que a vida deles mude de rumo. No dia seguinte Ian percebe que acordou novamente no dia anterior, e apenas ele percebe isso. Um detalhe importante, durante o dia anterior pequenos fatos ocorrem com ambos, e são estes fatos que provarão para Ian que tudo vai acontecer da mesma maneira, e o final do dia será o mesmo se ele não tentar mudar. Com isso, Ian tem a chance de refazer tudo o que ele tinha feito erradamente no dia anterior. Mas, ao mesmo tempo em que ele se esforça para evitar os erros cometidos no dia anterior, com o passar das horas ele percebe que nem o seu forte amor o fará mudar o acontecimento da noite anterior.
O amor que Ian tinha por Samantha era algo muito grande, tão grande que causava medo nele. As conversas que ele tem com um misterioso taxista são interessantes. Numa delas, Ian pergunta: “Como você pode amar tanto alguém e não saber como fazer isso?” e o taxista responde: “Apenas ame-a, com tudo o que você pode. Apenas ame-a!”
Ian sabia que teria apenas mais uma chance de fazer isso, e o tempo é algo que sempre corre, se ele vai estar a favor ou contra, é uma decisão nossa. Ian aproveitou o dia ao máximo e provou que para se amar alguém de verdade é preciso amar sem medidas, amar sem restrições, amar por amar e viver por isso. Às vezes um dia basta para que isso aconteça, depende de nós.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Tudo são nossas escolhas!!! Não podemos é achar que o tempo vai nos esperar, enquanto vemos tudo passar e assim perder todas as nossas oportunidades. Dizer “Eu Te Amo”, é algo muito simples e para alguns, não significa nada, pois podem ser palavras jogadas ao vento. Precisamos demonstrar isso, dedicar uma parte do nosso tempo para mostrar as pessoas que são importantes para nós o quanto nós a amamos. Talvez não tenhamos um amanhã para fazer isso!!! E se você não tiver isso de forma recíproca, não se importe, lembre-se dessas palavras, “amar sem ser amado...”. Fique feliz porque você foi capaz de cultivar este sentimento nobre e aproveitar este tempo. Faça a sua parte, apenas faça, não deixe o amor se perder, não deixe que o seu dia aqui na Terra termine sem que você tenha amado alguém com toda a sua força, seja quem ou quantos forem. Lembre-se, a medida de amar é amar sem medidas...

Um abraço!
Rafael L. Prado

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

À Primeira Vista

À Primeira Vista (At First Sight)
Ano: 1999
Gênero: Romance/Drama
Diretor: Irwin Winkler
Atores: Val Kilmer, Mira Sorvino, Natan Lane

“Não vemos com os nossos olhos, vivemos na escuridão enquanto não enxergamos a verdade sobre nós mesmos ou sobre os outros ou a verdade sobre a vida, e nenhuma operação pode fazer isso. E quando você enxerga a realidade sobre você mesmo, aí então você enxergou muito, e você não precisa de olhos para isso”.

Somente este trecho acima, define com perfeição este filme, melhor do quaisquer outras palavras. Nele, Virgil (Val Kilmer) é um homem cego desde criança, vivendo numa cidade calma e pacata, o que facilita a sua vida. Já totalmente adaptado a sua condição, trabalha como massagista num hotel. Até que em sua vida, surge Amy (Mira Sorvino) uma arquiteta estressada que busca um pouco de sossego. Embora, pertençam a mundos bem diferentes, não demora muito tempo, para que os dois se apaixonem. Tudo vai bem, até o momento em que Amy sugere a realização de uma cirurgia experimental que pode dar para Virgil a oportunidade de enxergar. Mas, eis o dilema. Para que mudar algo que está “bom”, para que arriscar? Virgil conhecia os obstáculos e sabia contorná-los, para que um novo desafio? Mas, o amor foi maior e mais forte que qualquer medo e ele decide fazer a cirurgia, afinal o que ele tinha a perder.
Bem, a cirurgia dá certo e Virgil começa a enxergar, porém ele não consegue entender o que está vendo. Virgil precisa aprender a enxergar, visualizar as três dimensões e ter noção do espaço sem a ajuda do tato, tudo isso numa cidade nova (Nova York) em que há muita informação visual e muitos obstáculos desconhecidos. Da mesma forma que aprendeu a viver como cego, Virgil precisa agora, aprender a viver como um homem que pode enxergar. No final, o filme surpreende e se agiganta, tornando-se um exemplo para quem enxerga tudo e mesmo assim é cego... Vale a pena conferir.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Baseado em uma história verídica, “À Primeira Vista”, é mais um belíssimo trabalho do diretor Irwin Winckler, o mesmo do poético Tempo de Recomeçar. É daqueles filmes em que se vê quantas vezes ele passar, é de arrepiar. Porque ele nos mostra, que na verdade, vemos somente aquilo que queremos ver. Pois, quantas vezes desviamos o olhar de um mendigo, dos problemas ou daqueles que nos pedem ajuda? Quantas vezes fingimos não ver ou fingimos ver o que não existe? Quantas vezes a gente se acostuma com o que o mundo nos mostra para não se desgastar? Quantas vezes a gente aceita o que os olhos vêem para não aceitar o que o coração sente? Quem vê cara não vê coração, sabemos disso.
É hora de retirar as vendas que cobrem os olhos da nossa alma e deixar a luz desenhar os contornos daquilo que a escuridão nos priva. Enxerguemos com olhos de ver, com olhos de sentir e olhos que não cegam quando precisamos ver, simplesmente ver.
Como Virgil disse, “não vemos com os nossos olhos”. Descortine a janela para a vida, veja o que muitos não conseguem ver. Veja além da vida, além dos problemas, veja a solução, veja além das aparências.
Olhemos a nossa volta e dentro de nós, percebamos o que somos, enxergando as nossas virtudes e os nossos erros afim de que nos conheçamos melhor. Apareça e mostre-se para o mundo, possivelmente, muitas pessoas gostariam de te “ver”. Seguindo Jesus, de que adianta colocar a luz debaixo do alqueire? Façamos como Virgil, caminhemos pela realidade sem medo, só para ver o que vemos.

Abraços!
Rafael L. Prado

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Céu de Outubro

Céu de Outubro (October Sky)
Ano: 1999
Gênero: Drama
Diretor: Joe Johnston
Atores: Jake Gyllenhaal, Chris Cooper, Laura Dern

Estamos começando 2009, e talvez por ser início de ano estamos mais sensíveis e mais esperançosos, afinal quando o homem deixa de sonhar ele também deixa de viver. Dirigido por Joe Johnston, “Céu de Outubro” é um filme que você só consegue ver nas madrugadas ou na tv por assinatura e somente encontra para locação em boas locadoras. Uma pena, pois é um filme que merece ser visto.
Estamos no final dos anos 50, mais precisamente, no ano de 1957, no meio da Guerra Fria. Na tentativa de “conquistar” o espaço, os russos lançam o primeiro satélite artificial, o Sputnik (você já deve ter ouvido falar nele). Na noite de 04 de Outubro, o mundo voltava seus olhos para o céu, na expectativa de o avistarem. Desta mesma forma, também estavam todos os moradores de Coatwood, pequena cidade do oeste da Vírginia. E, como num truque de mágica, vêem uma luz bem brilhante cortar todo o céu, encantando a todos, principalmente, o jovem Homer Hickam (Jake Gyllenhaal).
A cidade de Coatwood era basicamente sustentada por uma mina de carvão, destino de trabalho da grande maioria dos homens da região. A mina era chefiada por John Hickam (Chris Cooper), pai de Homer, que alimentava o desejo de ver seu filho seguir seus passos. Mas, aquela noite de 04 de Outubro, faria mudar o destino de Homer e seus amigos.
Homer nunca foi uma grande aluno, mas ao avistar o Sputnik no céu, criou um forte desejo de lançar um foguete. Determinado a relizar este sonho, que para muitos era piada, o jovem Hickam convence seus amigos a participarem deste projeto. Começa então, uma grande aventura, cheia de descobertas, de dificuldades, incluindo as duras críticas do pai de Homer, as chacotas dos colegas, a falta de dinheiro e tudo mais. Mas, mesmo com tudo isso, os jovens não desistiram. Sempre inventavam um jeito de driblar as adversidades, com muito bom humor e muita vontade, acima de tudo. Baseado num fato real, “Céu de Outubro” nos envolve de tal forma, que é impossível não se emocionar com o destino destes quatro jovens.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Mais do que lançar um foguete, o jovem Homer Hickman, lança nele a sua vida, a sua esperança e a certeza de que não existem limites quando se quer fazer algo. Foi um sonho de vida desperto por uma luz no céu, um “simples” satélite mostrou pra ele que era possível. Caro amigo, ao olhar para o céu, o que vê? As estrelas, a lua, o sol... Sim, é o que todos vêem! Mas não falo deste que os olhos do corpo vêem. Refiro-me ao céu do seu íntimo, onde habitam os seus sonhos de vida, por vezes reprimidos por uma tempestade qualquer. E então, o que você vê agora? Olhe com atenção para este céu, e reparará que as estrelas estão sempre lá seja noite ou dia, esperando a sua luz brilhar também. Lançar um foguete, quer dizer lutar pelos sonhos e mostrar que tudo é possível. O impossível é uma palavra inventada por aqueles que têm medo de lutar. Portanto, construa o seu “foguete” e viaje com ele no céu infinito da sua mente e abra as janelas e portas de um lugar onde os sonhos podem e devem ser reais. Como falamos no começo do texto, sonhar é mostrar para si mesmo que ainda se vive. Então, viaje pelo céu da sua alma, do seu coração, e não precisa ser num Céu de Outubro, pode ser num Céu de Janeiro... Fevereiro... Março... Boa Viagem!!!

Abraços!
Rafael L. Prado

Para saber mais:

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Em Boa Companhia

Em Boa Companhia (In Good Company)
Ano: 2004
Gênero: Drama
Diretor: Paul Weitz
Atores: Dennis Quaid, Topher Grace, Scarlett Johansonn, Selma Blair


O que realmente importa na sua vida? O que te move? O que te faz acordar todos os dias, durante anos? O significado da vida, esse é um dos pontos tocados no agradável e sensível filme “Em Boa Companhia”. Encontrar uma razão e viver apenas pela alegria de viver cada novo dia.
Dan Foreman (Dennis Quaid) é um publicitário chefe de vendas de uma revista de esporte. Aos 51 anos, é casado e tem duas lindas filhas, em resumo, uma vida tranquila. Talvez, não houvesse mais nada a acontecer na vida de Dan. Porém, a revista é adquirida por uma multinacional e ele perde o seu cargo para o jovem Carter Duryea (Topher Grace), que possui metade de sua idade. Mas, se não bastasse essa surpresa, Foreman recebe a notícia de que será pai novamente e que sua filha mais velha, Alex (Scarlett Johansson), está entrando na faculdade e ele precisará arcar com os novos gastos dela também.
Com tantas mudanças em sua vida, Dan não poderia perder seu emprego de jeito nenhum e ele tenta manter uma boa relação com seu novo chefe, o qual já havia feito a proposta de que ele fosse seu braço direito. O jovem Carter, passava por um momento de afirmação, havia ganho uma oportunidade de chefiar, contudo ainda era inexperiente. Além disso, seu casamento estava acabando e vivia um conflito interno. Tinha um bom emprego e dinheiro, mas não tinha amigos, nem família. Além de uma amizade com Dan ele buscava uma família que não tem e começa um relacionamento as escondidas com Alex. As voltas com problemas financeiros na revista e com as dificuldades de relacionamentos, Carter encontra algo ao qual se agarrar. Mas, Dan descobre tudo e Carter vê sua vida tomar caminhos inesperados.
“Em Boa Companhia” é um filme que exalta o relacionamento humano. Entre pais e filhos, marido e mulher, namorados, amigos e empregados. É repleto de bons diálogos, de cenas engraçadas, comoventes e reflexivas. Conta com o talento já consagrado de Dennis Quaid e com o brilhantismo do talentosíssimo Topher Grace. Uma mistura perfeita de drama e comédia, sem exageros. A história nos faz pensar nas nossas relações pessoais. O que estamos fazendo com a nossa vida? Trabalhamos naquilo que realmente queríamos? Somos felizes? É preciso prestar atenção naquilo que somos e o que queremos ser. Ser apenas mais um não é vantagem. É preciso saber viver, já dizia a música, e só nós podemos descobrir como fazer isso.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Viver de aparências é muito perigoso e no fim a dor é maior. A entrega deve ser total, viver com alegria, por amor a vida. Se prestarmos mais atenção veremos que coisas boas nos acontecem a todo instante. A escolha é sempre nossa, portanto escolha ser feliz, escolha ser uma pessoa melhor, escolha amar e viva intensamente tudo isso. Porque acima de tudo você deve ser uma boa companhia para você mesmo, e é se amando que enxergamos o amor ao próximo. Vivemos num mundo onde os relacionamentos são inevitáveis e fazem parte do aprendizado de todo indivíduo e no fim das contas você verá que os momentos mais marcantes são aqueles feitos de coração, de corpo e alma, sem receios de viver e de ser feliz. Muita sinergia a todos nós!!! (veja filme que você entenderá)

Rafael L. Prado

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O Pequeno Milagre


O Pequeno Milagre (Simon Birch)
Ano: 1998
Gênero: Drama
Diretor: Mark Steven Johnson
Atores: Joseph Mazello, Ian Michael Smith, Ashley Judd, Oliver Platt

“Deus tem um plano para todos nós...”. Essa frase simples e muito tocante me marcou, numa das passagens emocionantes do encantador “O Pequeno Milagre”. Lembro-me da primeira vez que assisti a este filme. Numa noite de sábado despretensiosa, com poucas opções (pra não dizer nenhuma) na tv aberta, dei de cara, por acaso, com um certo filme que acabara de começar. Descansei o controle remoto e resolvi assisti-lo. Ao término, já pela madrugada, tinha passado por uma linda lição de moral. Como se o filme fosse um daqueles livros que ao terminarmos de ler ficamos sem ação. Assim eu estava e fui dormir leve e ao mesmo tempo impressionado com a sutileza com que a mensagem me foi transmitida.
O pequeno milagre aqui é Simon Birch (Ian Michael Smith), o menor bebê a nascer no Gravestown Memorial Hospital. Os médicos o declararam como um milagre, devido aos graves problemas de crescimento que ele apresentava. O coração de Simon crescia de forma desproporcional a seu corpo, colocando sua vida em constante risco. E por ser assim, Simon acreditava que Deus o tinha feito pequeno por algum motivo, que Deus tinha um plano para ele. E fantasiava várias situações em que a sua condição o transformaria num herói, juntamente com seu melhor amigo Joe (Joseph Mazzello). Juntos eles constroem sonhos e fazem de suas dificuldades motivos para continuar buscando um sentido maior para suas vidas. No caso de Joe, este sentido era encontrar seu verdadeiro pai e para Simon, descobrir o plano ao qual fora inserido por Deus. O desfecho dessa bela história é comovente, e mostra que realmente há um plano para cada um de nós.
ALÉM DO QUE SE VÊ: Nada é por acaso, e por vezes somos nós quem traçamos esses planos antes de iniciarmos uma vida. Cabe a nós ter consciência de nossa responsabilidade perante a vida e, acima de tudo, lutarmos para sermos aquilo que devemos ser, independente de nossa condição física ou situação familiar. Fazemos parte dos desígnios de Deus e certamente não estamos nesse mundo apenas de passagem. Façamos algo, sejamos algo e busquemos dentro de nós tudo o que devemos e podemos ser. Jamais esqueci da noite deste filme e todas as vezes que me encontro em dificuldade lembro das belas palavras do “pequeno milagre” Simon Birch... “Deus tem um plano para todos nós...”. Tenha um bom filme!

Abraços!
Rafael L. Prado

Além Do Que Se Vê


Primeiro post. É um prazer externar a forma como vejo os filmes e dividir opiniões com outras pessoas. Sempre existirá algo que não percebemos, e esta é a beleza da vida. Há sempre algo a ser visto e a ser sentido. Vamos com olhos de ver!!!

Abraços!