quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tempo de Recomeçar

Tempo de Recomeçar (Life as a House)
Ano: 2001
Gênero: Drama
Diretor: Irwin Winkler
Atores: Kevin Kline, Kristin Scott Thomas, Hayden Christensen, Jena Malone

O título original desta obra poética diz tudo, “Life as a House”, ou seja, “A vida como uma casa”. Certa vez li a seguinte frase: “A vida é um projeto que você mesmo constrói”. Achei-a perfeita, pois sempre acreditei nisso. Algum tempo depois, vi na televisão a propaganda de um filme que comparava a vida com uma casa. Sabe quando você se arrepia todo, pois é, neste instante a propaganda do filme me tocou de tal forma que mesmo antes de vê-lo, já tinha a certeza de que era excelente. Marquei o dia na minha agenda, a minha expectativa era tão grande que contagiei todos na minha casa. Depois de muita expectativa o dia tão esperado chegou. Sentados na sala assistimos ao filme sem dizer uma única palavra. Ao término, não sei se todos choraram, porque não olhei para ninguém, tentando conter as minhas lágrimas. Ficamos sentados, paralisados, até as “letrinhas” acabarem de subir. Dizer o que? O filme já havia dito tudo. Entre nós o sentimento era único, tínhamos a certeza de que assistimos não apenas um filme, mas uma grande lição de moral e de vida.
Dirigido por Irwin Winkler, o mesmo do belíssimo “A Primeira Vista” e com a melhor atuação que já vi do ator Kevin Kline. George Monroe (Kevin Kline) é um arquiteto que durante toda a sua vida sustentava o desejo de construir uma casa, mas o tempo passou, ele envelheceu, separou-se da mulher (Kristin Scott Thomas), deixou de lado seu único filho (Hayden Christensen), um garoto bastante rebelde, e não construiu nada. Morava num barraco e sua vida era horrível. George descobre que tem câncer e não tem muito tempo de vida. Nesse momento ele percebe que toda a sua vida passou e não havia feito nada daquilo que havia sonhado. Então, resolve nos últimos momentos de sua vida construir a casa dos seus sonhos, com isso ele acaba modificando não só a sua vida, mas a de todos com quem ele tem contato. O filme aborda outros temas mais sérios também, com muita sutileza e sem perder o foco principal. Entenda a metáfora e deixe-se envolver pela sensibilidade do filme, pois me arrepio só de falar dele.

ALÉM DO QUE SE VÊ: O filme nos deixa a lição de que podemos construir e viver num barraco ou numa mansão. Depende das nossas escolhas. Quantas vezes arquivamos nossos sonhos e deixamos para depois. Construa a sua casa HOJE! Encontre o seu lar e viva intensamente cada minuto que ele possa te proporcionar, não adie seus sonhos nem espera pelo amanhã, porque o agora pode ser o seu tempo de recomeçar.
Um abraço!
Rafael L. Prado
Para saber mais:

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um Homem de Família

Um Homem de Familia (The Family Man)
Ano: 2000
Gênero: Drama
Diretor: Brett Ratner
Atores: Nicolas Cage, Tea Leoni, Don Cheadle, Jeremy Piven

Você já parou para pensar, como seria sua vida se tivesse dito sim ao invés de não ou vice-versa? Se tivesse dito algo ao invés de ficar calado ou vice-versa? Se tivesse ficado ao invés de ir embora ou vice-versa? Enfim, o quanto a sua vida seria diferente se tivesse tomado outras decisões.
“Um Homem de Família”, de forma surpreendente, cativante e simples, aborda o tema das escolhas e decisões que fazemos na nossa vida. O filme inicia-se no exato instante em que Jack Campbell (Nicolas Cage) está no aeroporto com sua namorada Kate (Téa Leoni), prestes a viajar por causa de uma ótima oportunidade de estágio. Kate, sentindo que nunca mais o veria, pede para que ele fique e construa uma vida ao seu lado. Mas, não era isso que Jack desejava, ele queria mais, era ambicioso. Ele parte prometendo voltar.
Jack não voltou, os anos passaram e ele se tornou um investidor muito rico. Solteiro, tinha tudo e todas as mulheres que desejava, mas no fundo sentia-se solitário e um imenso vazio dominava sua vida. Não era o que ele demonstrava, mas era o que sentia.
Na noite de Natal, Jack recebe o recado que sua antiga namorada (Kate) havia ligado e precisava falar com ele. Achando que ela queria relembrar o passado e chorar no seu ombro, ele ignora o recado. A caminho de casa (apartamento), envolvesse numa estranha confusão, dentro de uma loja, causada por um “homem” muito misterioso (Don Cheadle).
No dia seguinte, de forma mágica, Jack acorda ao lado de Kate, morando no subúrbio, com dois filhos e uma vida muito tranqüila. Jack está vivendo o outro caminho, aquele que ele não seguiu. Vive como se naquele dia no aeroporto, tivesse optado por ficar.
O final é simplesmente emocionante e nos faz pensar nas nossas escolhas. A resolução do filme é bastante lógica e possível, pois não se trata de ficção, nem de fantasia. É um drama que merece ser visto. Observe um detalhe interessante, a capa do filme mostra Jack olhando ele e sua família na vitrine de uma loja. O curioso é que essa imagem é a exata mensagem que o filme passa.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Não há como dizer, se Jack errou ao entrar no avião. Foi sua escolha, sua opção naquele momento. Mas, o que ele percebeu é que o dinheiro e o poder não valem mais do que uma família e um verdadeiro amor. Talvez, (sempre o talvez!) o erro de Jack foi não ter voltado como prometera, resultado de uma outra escolha que fez.
As escolhas são nossas, somente nossas. Somos “livres”, mas de certa forma “pagamos” por essa liberdade. É a Lei de Deus, a justiça divina, que atua sobre todos os homens. Poderemos viver as conseqüências das escolhas agora ou depois. Quanto a isso não temos opções.
Há sempre sacrifícios, não podemos negar. Às vezes teremos de deixar um sonho de lado para poder viver outro, pois nem sempre poderemos fazer tudo. Mas, o que realmente importa, é escolher o caminho mais correto e que nos fará, verdadeiramente, felizes.
A todo instante precisamos escolher, portanto lembre-se que vencer é difícil, pois o caminho é árduo e estreito, mas perder é fácil, basta seguir o caminho que está feito. A felicidade é algo possível e real, para quem sabe escolher.
A via da Vida é de mão dupla, tudo o que vai pode voltar. Sempre há tempo de retornar e escolher outro caminho. Nada é definitivo e impossível, pois a vida é um projeto que você mesmo constrói. É uma questão de escolha. Mas, não se esqueça, as escolhas são nossas, sempre nossas!

Um abraço!
Rafael L. Prado

Para saber mais:

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Antes Que Termine o Dia

Antes Que Termine o Dia (If Only)
Ano: 2004
Gênero: Romance
Diretor: Gil Junger
Atores: Jennifer Love Hewitt, Paul Nicholls, Tom Wilkinson

Sou suspeito pra falar sobre esse filme, pois ele aborda o meu tema predileto: as escolhas que fazemos na vida. Em “Antes Que Termine o Dia”, este tema é abordado de uma forma diferente e muito mais sentimental (preparem os lenços). Ian (Paul Nicholls) e Samantha (Jennifer Love Hewitt) formam um casal feliz e com muitos planos. Embora exista um amor muito forte entre os dois, a forma de cada um externar este sentimento é diferente. Enquanto Samantha busca demonstrar seu amor e seus sonhos a todo momento, Ian concentra sua atenção apenas na sua promissora carreira e em seus amigos.
Num dia, aparentemente normal, tudo ocorre de forma estranha e desastrosa, especialmente para Ian, que por causa de suas atitudes insensíveis causa uma grande decepção em Samantha e, na noite deste dia, terminam o namoro. Ian não consegue demonstrar o que realmente sente e isso magoou muito Samantha. Mas, um acontecimento no final desse dia faz com que a vida deles mude de rumo. No dia seguinte Ian percebe que acordou novamente no dia anterior, e apenas ele percebe isso. Um detalhe importante, durante o dia anterior pequenos fatos ocorrem com ambos, e são estes fatos que provarão para Ian que tudo vai acontecer da mesma maneira, e o final do dia será o mesmo se ele não tentar mudar. Com isso, Ian tem a chance de refazer tudo o que ele tinha feito erradamente no dia anterior. Mas, ao mesmo tempo em que ele se esforça para evitar os erros cometidos no dia anterior, com o passar das horas ele percebe que nem o seu forte amor o fará mudar o acontecimento da noite anterior.
O amor que Ian tinha por Samantha era algo muito grande, tão grande que causava medo nele. As conversas que ele tem com um misterioso taxista são interessantes. Numa delas, Ian pergunta: “Como você pode amar tanto alguém e não saber como fazer isso?” e o taxista responde: “Apenas ame-a, com tudo o que você pode. Apenas ame-a!”
Ian sabia que teria apenas mais uma chance de fazer isso, e o tempo é algo que sempre corre, se ele vai estar a favor ou contra, é uma decisão nossa. Ian aproveitou o dia ao máximo e provou que para se amar alguém de verdade é preciso amar sem medidas, amar sem restrições, amar por amar e viver por isso. Às vezes um dia basta para que isso aconteça, depende de nós.

ALÉM DO QUE SE VÊ: Tudo são nossas escolhas!!! Não podemos é achar que o tempo vai nos esperar, enquanto vemos tudo passar e assim perder todas as nossas oportunidades. Dizer “Eu Te Amo”, é algo muito simples e para alguns, não significa nada, pois podem ser palavras jogadas ao vento. Precisamos demonstrar isso, dedicar uma parte do nosso tempo para mostrar as pessoas que são importantes para nós o quanto nós a amamos. Talvez não tenhamos um amanhã para fazer isso!!! E se você não tiver isso de forma recíproca, não se importe, lembre-se dessas palavras, “amar sem ser amado...”. Fique feliz porque você foi capaz de cultivar este sentimento nobre e aproveitar este tempo. Faça a sua parte, apenas faça, não deixe o amor se perder, não deixe que o seu dia aqui na Terra termine sem que você tenha amado alguém com toda a sua força, seja quem ou quantos forem. Lembre-se, a medida de amar é amar sem medidas...

Um abraço!
Rafael L. Prado

Para saber mais: